Constance defende em “A criança e o número” a ideia de
que a criança não aprende com a memorização e o treino, mas sim criando o
próprio raciocínio sobre as diversas situações. As situações-problema propostas
pelo educador ou durante uma discussão entre colegas, é que a farão chegar no
resultado correto usando o próprio raciocínio a partir da mediação do educador.
Decorar não é aprender. Piaget também defende essa ideia. É o que nos mostra
Barry J. em “Piaget para o professor da pré-escola e do 1º grau”. Piaget
sempre defendeu a aprendizagem real e significativa. Aquilo que fica em nós
mesmo depois de muitos anos. E isso também é possível com a matemática. E
é nítida a mudança em sala de aula. Quando trabalhamos da maneira tradicional,
por meio da memorização as crianças não aprendem de fato. Muitas vezes, as crianças
decoram resultados de uma determinada conta e quando mudamos os fatores de
lugar, elas se confundem. Mas quando damos mais liberdade a elas e ensinamos a
usar todo o seu potencial elas aprendem, de fato.
Autores:
- KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Editora Papirus, 2000.
- WADSWORTH, Barry J.
Piaget para o professor da pré-escola e do 1°grau. São Paulo:Pioneira, 2004
Cálculo Mental
Nós aprendemos na
escola várias fórmulas e maneiras de calcular. Mas a maneira que mais
utilizamos no dia-a-dia. É a única que não é ensinada: “O cálculo Mental”.
O cálculo mental é
individual. É a interpretação do problema a ser resolvido. Cada um interpreta e
soluciona da maneira que encontra mais facilidade. Talvez por isso, não seja
tão aplicado na escola, quanto deveria, cedendo seu espaço para a calculadora
ou um pedaço de papel.
O fato é que o
cálculo mental estimula a aprendizagem significativa e a rapidez de raciocínio.
O que melhora o desenvolvimento do educando, não só na matemática, mas em todas
as matérias escolares e em todas as áreas da vida. Quando o educando aprende a
calcular usando a lógica ele aprende de fato o significado da matemática e dos
números. Levando em consideração que o cálculo mental é essencial para o nosso
cotidiano, no pagamento de uma tarifa de ônibus, gasolina, supermercado,
compras diversas, troco, quem tem o domínio no cálculo mental consegue customizar
tempo em todas essas atividades rotineiras.
Quanto mais cedo se
começa o exercício do cálculo mental, melhor é a compreensão dos conteúdos.
Isso possibilita uma direção segura e dá ao aluno segurança para elaborar as
próprias estratégias para a resolução de problemas. Isso permite que ele aja
automaticamente, porém compreendendo o que está fazendo.
https://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12005/LucianoLimaRodrigues.pdf